Devido aos inúmeros benefícios que o aleitamento materno traz à saúde do bebê e da mãe, não é exagero afirmar que a amamentação é uma questão de saúde pública. Infelizmente, há tantos mitos acerca do aleitamento materno quanto benefícios, e esses mitos são responsáveis pelo desmame precoce de muitos bebês.

A grande influência da amamentação sobre diversos aspectos da saúde da comunicação humana torna o aleitamento materno adequado uma preocupação da Fonoaudiologia. Portanto, é papel do fonoaudiólogo, assim como de todos os profissionais de saúde, desconstruir mitos que prejudicam os pacientes.

A seguir vamos aprender um pouco mais sobre a importância da amamentação para a ciência da comunicação…

A atuação da fonoaudiologia na amamentação

A amamentação apresenta inúmeros benefícios relacionados à alimentação do bebê, mas para os fonoaudiólogos ela também representa a preparação para a fala. O aleitamento materno estimula o crescimento osteomuscular harmonioso, promovendo o equilíbrio da língua, arcadas dentárias, musculatura oral e a respiração nasal.

Portanto, como um profissional da ciência da comunicação, o fonoaudiólogo é capacitado para orientar na amamentação.

Devido ao seu conhecimento do adequado crescimento das estruturas e desenvolvimento das funções do Sistema Estomatognático, ele auxilia a mãe no posicionamento do bebê e na pega do seio materno de modo a preparar e estimular os órgãos fonoarticulatórios (lábios, língua, bochechas, palato, dentes) do bebê para a fala.

9 benefícios da amamentação em relação à comunicação

  1. O aleitamento materno fortalece os músculos dos lábios, boca e língua, preparando esses órgãos para o aprendizado da fala.
  2. A amamentação é um aprendizado para a mãe e o bebê, fortalece os laços afetivos entre eles e deve ser incentivada para que a criança cresça saudável.
  3. A sucção é uma atividade que prepara a fala da criança e previne alguns problemas fonoaudiológicos.
  4. A amamentação fortalece o vínculo pais-bebê, tornando a criança mais segura e confiante para se expressar.
  5. O bebê que suga no peito da mãe aprende a respirar corretamente, ou seja, pelo nariz.
  6. O contato corpo a corpo do bebê com a mãe durante as mamadas desenvolve melhor as atividades psicomotoras, como sustentar a cabeça, rolar, sentar e engatinhar.
  7. A amamentação previne a ocorrência de infecções de ouvido, evitando complicações para a audição.
  8. Mamar no peito contribui para a criança ter dentes bem posicionados, além de exercitar os músculos responsáveis pela mastigação e deglutição dos alimentos.
  9. Pesquisas recentes afirmam que a criança que mama no peito tem melhor desempenho na escola.

O posicionamento adequado durante a amamentação

É muito importante que o bebê seja posicionado adequadamente durante a amamentação para que haja uma pega correta e não machuque os mamilos. Confira abaixo algumas dicas para posicionar a criança corretamente:

  • O bebê deve ser posicionado inteiramente de frente para a mãe e bem próximo dela, com a barriga encostada no seu corpo. É importante que os dois se sintam confortáveis.
  • É possível amamentar deitada, desde que o braço da mãe aja como suporte para apoiar o bebê e a outra mão ajude na pega do seio.
  • O bebê deve ficar um pouco inclinado, com a cabeça mais alta que o corpo.
  • Sempre deve-se prestar atenção especial ao pescoço e à coluna do bebê. A cabeça e a coluna precisam estar alinhadas.
  • A mãe deve aproximar a boca do bebê de frente à mama. Deve-se levar o bebê até a mama, nunca a mama até o bebê.
  • Para estimular o bebê a abrir bem a boca, deve-se tocar os lábios dele com o bico do peito. O lábio inferior do bebê deve ficar abaixo do bico do peito, para que ele possa abocanhar a aréola (área mais escura e arredondada do seio). O queixo do bebê precisa tocar o seio da mãe.
  • O bebê deve ficar um pouco inclinado, com a cabeça mais alta que o corpo.
  • O pai e outros familiares podem e devem fazer parte do momento da amamentação, ajudando no que for possível, fazendo carinho no bebê, cantando ou colocando-o para arrotar.

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